Irecê é um município do estado da Bahia, no Brasil. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 72 386[4] habitantes.
Até o século XVII, o interior da Bahia era habitado pelos índios aimorés, também chamados de botocudos.[8] Nesse século, a região atualmente ocupada pelo município foi doada pelo rei de Portugal sob a forma de sesmaria para Antônio Guedes de Brito. Em 21 de fevereiro de 1807, João de Saldanha da Gama Mello Torres Guedes de Brito, descendente de Antônio, vendeu uma parte da sesmaria, chamada de Barra de São Rafael, para Filipe Alves Ferreira e Antônio Teixeira Alves. Uma parte de Barra de São Rafael era conhecida como Lagoa das Caraíbas ou Brejo das Caraíbas.[9]
Até 1896, a região era conhecida como Carahybas. Nesse ano, por sugestão do tupinólogo Teodoro Sampaio, o nome foi mudado para Irecê, nome indígena que, segundo Teodoro Sampaio, significaria “pela água, à tona d’água, à mercê da corrente”. No entanto, segundo o tupinólogo Eduardo Navarro, o nome está incorretoː segundo ele, em tupi antigo, “pela água” seria ‘y rupi, e não ‘y resé.[10] Em 1906, foi criado o distrito de paz de Caraíbas, subordinado à subdelegacia de polícia de Morro do Chapéu.[11]
O município de Irecê foi criado em 2 de agosto de 1926, pela lei 1 896, assinada no Palácio do Governo por Francisco Marques de Góes Calmon, com a denominação de Vila de Irecê. No entanto, por não ter renda suficiente que o caracterizasse como município, foi anexado a Morro do Chapéu, em 8 de Julho de 1931, pelo decreto nº 7 479, assinado no Palácio do Governo, por Arthur Neiva – Bernardino José de Souza.
A independência política de Irecê aconteceu de fato a partir do ano de 1933, através do decreto 8 452, de 31 de maio de 1933, assinado no Palácio do Governo, por Juracy Magalhães, restaurando o então extinto município.